Glob Engenharia Ambiental - Startups verdes ganham calculadora de contribuição climática

Startups verdes ganham calculadora de contribuição climática

Postado 15/06/2023

Plataforma gratuita lançada por Climate Ventures e WayCarbon permite que projetos ainda em estágio inicial estimem quanto contribuem para descarbonização

Startups e pequenas empresas com soluções focadas em descarbonização de indústrias poderão calcular sua contribuição para o clima  com uma nova calculadora lançada pela Climate Ventures, plataforma de inovação voltada à economia regenerativa, em parceria com a WayCarbon, consultoria em sustentabilidade. 

A proposta é que, ao responder perguntas referentes a sua área de atuação, os empreendedores tenham uma percepção de como seus negócios contribuem para evitar ou capturar gases de efeito estufa e se beneficiem desse diferencial competitivo. A iniciativa é gratuita.

Com Fundo Vale, do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Bayer e Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) como financiadores, a princípio, a metodologia é focada em negócios dedicados à recuperação de florestas e manejo do solo. 

Segundo os idealizadores,  o formulário simples, combinado com ampla base de dados, é o que diferencia a plataforma. “Hoje, para esse tipo de avaliação, é preciso contratar consultores e desembolsar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, o que pode ser complicado para projetos iniciais”, diz Daniel Contrucci, diretor executivo e cofundador da Climate Ventures.

Até setembro, a calculadora deve estar disponível também para soluções da agropecuária e água e saneamento. A expectativa é que energia, gestão de resíduos, logística e mobilidade, e soluções para o mercado financeiro sejam incluídos no próximo ano. 

E como funciona?

Ao acessar a calculadora, o usuário informa quais os impactos positivos propostos pela sua organização – como promover a redução do uso de insumos agrícolas ou a restauração de florestas, por exemplo. Depois, insere dados sobre área e bioma de atuação, quais culturas afeta ou quais tipos de insumo podem ser minimizados.

A metodologia integra informações do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) e do padrão GHG Protocol com uma série de dados públicos, como taxa de desmatamento em terras indígenas, unidades estaduais e federais. 

Apesar da limitação de não fornecer uma análise aprofundada, a calculadora busca um equilíbrio entre a abrangência e a precisão dos impactos estimados. 

“Isso permite uma estimativa geral dos impactos ambientais de projetos florestais, especialmente útil para projetos inovadores que podem não ter dados específicos ou metodologias detalhadas disponíveis”, diz  Patrícia Grossi, coordenadora de finanças sustentáveis na WayCarbon.

FONTE: www.capitalreset.com

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