Rio de Janeiro criará bolsa de valores para negociar créditos de carbono
Postado 11/03/2022
O Rio de Janeiro terá uma bolsa de valores para a compra e venda de créditos de carbono e artigos ambientais, como energia, clima e florestas. O acordo foi protocolado nesta semana, em Nova York, pelo governador do estado Cláudio Castro, em conjunto com a Global Environmental Asset Plataform (GEAP) e a Nasdaq, bolsa de tecnologia dos Estados Unidos que negocia mais de 2,8 mil ações empresariais.
De acordo com o governo fluminense, a expectativa é que a Bolsa de Ativos Ambientais esteja funcionando no segundo semestre de 2022. Para isso, um grupo de trabalho será criado nos próximos 90 dias para discutir as propostas e formalizar um projeto-piloto. Após esse período de avaliação, será instalada uma subsidiária brasileira da Nasdaq no Rio de Janeiro.
A parceria entre as entidades prevê o intercâmbio de informações entre o Rio de Janeiro, a Nasdaq e a GEAP para a implementação de políticas públicas para certificar, emitir e negociar créditos de carbono no estado fluminense. Com o projeto, a expectativa é que o Rio de Janeiro movimente até R$ 25 bilhões, segundo o governo estadual.
“A Nasdaq fornecerá a tecnologia e o estado os ativos ambientais. Há expectativa que o potencial econômico ambiental do Rio alcance um estoque de CO2 de 73 milhões de toneladas, representando R$ 25 bilhões. E cada tonelada desse ativo ambiental pode custar, em média, US$ 5. O segmento está ganhando força em todo o mundo e é visto como uma das alternativas de retomada da economia após a crise causada pela pandemia da Covid-19″, ressaltou o governador.
Mercado de carbono
Os créditos de carbono buscam reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera. Comercializados entre países, os créditos são vendidos pelos países que não utilizam toda a cota de liberação de gases para as nações que gerem uma maior emissão de poluentes.
Dessa forma, o mecanismo permite que nações que superarem as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa comercializem esse excedente para os países que não forem capazes de diminuir para o nível necessário. O tema foi amplamente discutido na COP 26, conferência da ONU sobre mudanças climáticas realizada entre outubro e novembro de 2021.
FONTE: www.cnnbrasil.com.br
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