Glob Engenharia Ambiental - Qual a relação entre gasolina, ferrovias e sustentabilidade?

Qual a relação entre gasolina, ferrovias e sustentabilidade?

Postado 17/03/2022

Poucas coisas estão sendo tão faladas no mundo quanto o aumento do preço da gasolina. Vamos usar isso de brecha para falarmos sobre a sustentabilidade dos meios de transporte — que também pode ter muito a ver com bizness e você já vai entender.

Situações como essa nos mostram como somos dependentes de combustíeives fósseis em diversos setores da economia — principalmente no Brasil. Durante toda história do nosso país, o desenvolvimento de uma malha ferroviária robusta nunca foi uma prioridade.

Pra te dar uma noção de grandeza, as ferrovias representam apenas 15% da estrutura de transportes do Brasil. As rodovias correspondem a 65% do total

E por que isso é ruim?

O transporte ferroviário, quando comparado ao rodoviário, tem uma série de vantagens, que poderiam nos beneficiar muito em diversos aspectos. Alguns desses benefícios são:

  • Redução de conflitos urbanos (acidentes, trânsito e roubos de carga);
  • Aumento da capacidade de transporte (cabe mais em um vagão do que em um caminhão);
  • Menor custo, devido à maior eficiência operacional das ferrovias;
  • Redução da emissão de poluentes.

Além disso, outro problema é que somos extremamente dependentes das rodovias, dos caminhões e, consquentemente, da gasolina. Portanto, quando seu preço aumenta, a inflação tende a subir e o preço de tudo tende a aumentar.

Aqui vai um exemplo prático… ?

O mercadinho da esquina necessita de caminhões chegando constantemente com seus produtos. Quando o preço do combustível aumenta, o frete também sobe. Com isso, o custo das mercadorias cresce, pois renovar o estoque fica mais caro pro mercado.

E o preço é repassado… Adivinha pra quem? Pra nós, consumidores. O mesmo vale para todos os outros estabelecimentos cujas mercadorias dependem de combustível para o transporte.

Extrapolando as questões financeiras…

Além do fator “preço”, a preocupação com as mudanças climáticas vem crescendo bastante nos último anos. As pessoas estão cada vez mais conscientes de seu impacto individual no meio ambiente.

Nesse contexto, um conceito que vale ser explicado é o de pegada de carbono, que consiste no cálculo da emissão total de gases de efeito estufa associados a atividades humanas no planeta.

  • Em outras palavras, é a quantidade de dióxido de carbono que produzimos. O conceito é válido seja para indivíduos, empresas, governo, eventos ou alguma atividade econômica, como o transporte.

Veja na figura quão grande é a diferença da pegada de carbono dos diferentes modais de transporte. Segundo UK Department enegy, industry and Stregics, o trem polui bem menos do que outros meios).

O que você pode fazer pra ajudar?

Já que não temos o que fazer em relação às rodovias, o que nos resta é focar em pequenos atos no dia a dia, que, se feitos por muitas pessoas, podem gerar benefícios enormes.

Uma das melhores formas de reduzir sua pegada de carbono diária é a escolha do seu meio de transporte. Obviamente, caminhar ou andar de bicicleta são as formas que menos geram impacto — o que nem sempre é possível.

  • Por outro lado, ir de carona ou dar carona no seu carro para apenas uma pessoa já reduz pela metade as emissões por indivíduo. Algo simples, porém bem impactante. Se locomover por transporte público ou adquirir um veículo elétrico (ou híbrido) também podem ser boas opções.

Mas, acima de tudo, faça algo que esteja dentro da sua realidade. Quanto mais natural uma mudança for, maior será sua chance de permanecer fazendo aquilo. Sem ser displicente e nem ter muita neurose — o equilíbrio é a chave.

FONTE: www.thenews.com.br

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