Glob Engenharia Ambiental - PRÁTICAS DE ESG ALIADAS ÀS NOVAS TECNOLOGIAS TORNAM EMPRESAS MAIS EFICIENTES DURANTE CRISES

PRÁTICAS DE ESG ALIADAS ÀS NOVAS TECNOLOGIAS TORNAM EMPRESAS MAIS EFICIENTES DURANTE CRISES

Postado 24/09/2021

Especialistas dizem que quem deixar para depois os critérios e princípios ESG — sigla utilizada para o termo “environmental, social and governance”, o qual pode ser traduzido como as práticas ambientais, sociais e de governança — pode ficar para trás no mercado financeiro e perder investimentos.

Isso porque os padrões ESG não servem apenas para ajudar o planeta, mas também para tornar a empresa mais eficiente e aumentar a resiliência durante crises. Os chamados investimentos “responsáveis” já representam mais de 31 trilhões de dólares e 36% dos ativos totais, segundo dados da Global Sustainable Investment Alliance, e surgem cada vez mais “fundos de sustentabilidade” no mundo. 

De acordo com o Itaú Asset, as empresas que adotam as melhores práticas de ESG conseguem aumentar sua receita, reduzir custos, minimizar problemas legais, aumentar a produtividade e ainda otimizar seus investimentos.

Consequentemente, os investidores que escolhem essas empresas responsáveis têm um retorno financeiro maior e ainda contribuem com o desenvolvimento sustentável. Além disso, os consumidores e acionistas estão se preocupando mais com práticas que visam à proteção ambiental e medidas que garantam o cumprimento da lei e das políticas internas em setores operacionais até a alta administração. 

Ao implementar a ESG na estrutura e operação de uma empresa, é preciso identificar melhorias nos três aspectos da sigla: ambiental, social e de governança. No aspecto ambiental, a empresa visa reduzir os impactos ao meio ambiente, evitando o desperdício e o esgotamento de recursos naturais, identificando o seu desempenho atual e implementando medidas para minimizar os riscos de cada atividade. 

No social, são avaliados os relacionamentos da empresa com todos os indivíduos envolvidos com ela, desde funcionários até fornecedores e compradores. Seu objetivo é implementar práticas de diversidade, direitos humanos, do trabalhador e do consumidor, projetos sociais, cultura e valores. Já no aspecto de governança, são analisadas questões de liderança da empresa e composição de conselhos, estrutura interna e dos comitês de auditoria, riscos e controle (compliance), processo de sucessão, existência de canal de denúncias, transparência e resultados fornecidos aos acionistas, bem como seus direitos e garantias.

O que uma gestão de contratos eficiente tem a ver com a ESG?

Para que as melhores práticas da ESG sejam implementadas, todos os setores da organização devem passar por uma readequação, um verdadeiro compliance, a fim de que executem suas atividades de acordo com as leis, com políticas internas e externas da empresa e todas as medidas criadas e implementadas para fins de proteção ambiental e melhoria das relações laborais e corporativas.

Dentro disso, encontra-se a gestão de contratos.

“Independentemente a qual departamento ela esteja subordinada, é primordial que todas as negociações da empresa sejam realizadas prevendo direitos e garantias das partes, formas de execução, privacidade de informações, e, claro, cláusulas que visem à aplicação e/ou manutenção da ESG na empresa e na sua relação com a outra parte”, explica Cristiano Silva, diretor de marketing da Projuris. 

Alguns exemplos de cláusulas que envolvem ESG são, por exemplo, garantias de redução de impactos ambientais; utilização de determinados materiais sustentáveis na produção ou aquisição pela empresa; possibilidade de reverter eventuais quebras contratuais a ações em prol do meio ambiente ou da sociedade; condutas e boas relações que se esperam das partes, entre outras.

Ao fazer isso, cada contrato passará por uma análise completa, envolvendo riscos, impactos ambientais, financeiros e sociais, o que fomentará o sistema de business intelligence da empresa e servirá de base para a tomada de decisões estratégicas. “Somente assim, garante-se a legalidade de cada negócio jurídico e, consequentemente, facilita-se o cumprimento das práticas de governança e compliance implementadas.”

FONTE:www.noticias.ambientalmercantil.com

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