Glob Engenharia Ambiental - BNDES financia usina de biometano em aterro na região Sul

BNDES financia usina de biometano em aterro na região Sul

Postado 03/11/2023

É o primeiro financiamento com recursos do Fundo Clima. Projeto fica em Minas do Leão, no Rio Grande do Sul

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou financiamento no valor de R$ 99,8 milhões para a implantação de uma usina de produção de biometano no aterro sanitário Minas do Leão, localizado na cidade homônima, a 80 quilômetros de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Atualmente, o aterro recebe resíduos sólidos de 123 municípios, incluindo a região metropolitana da capital. A estimativa é de que a unidade tenha capacidade de produzir até 66 mil metros cúbicos por dia de biometano, combustível sustentável semelhante ao gás natural. A expectativa é de que o projeto evite, anualmente, emissões de gases de efeito estufa de aproximadamente 50.000 tCO2e (50 mil toneladas de CO2 equivalentes). Esse é o primeiro financiamento do BNDES com recursos do Fundo Clima para produção de biometano a partir de resíduos sólidos urbanos. A iniciativa terá R$ 56,5 milhões do Programa Fundo Clima, complementados por R$ 43,2 milhões do BNDES Finem.

"A operação é um marco para o BNDES, pois usa os recursos do Fundo Clima para um projeto que conjuga transição energética com o aprimoramento da destinação dos resíduos sólidos urbanos", considera Luciana Costa, diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do BNDES. A planta tem inauguração prevista para o segundo semestre de 2024, e o gás gerado será adquirido pelo Grupo Ultra, segundo contratos de compra já firmados. Os clientes finais serão, em sua maioria, empresas do setor industrial, que receberão o combustível na forma de gás natural comprimido, via modal rodoviário. O apoio do BNDES corresponde a cerca de 80% do investimento total de R$ 125,3 milhões que será realizado pela Biometano Sul S/A, sociedade de propósito específico criada para a produção de biometano no local, com controle do Grupo Solví e da consultoria Arpoador Energia.

O Aterro Minas do Leão é operado pela CRVR Riograndense Valorização de Resíduos S/A, pertencente ao Grupo Solví. De toda a região atendida, oito municípios representaram 75% do total de resíduos recebidos em 2022. A produção ocorrerá em planta de purificação, que recebe o biogás gerado pela decomposição da matéria orgânica do aterro sanitário por micro-organismos, para conversão em biometano. A tecnologia que será utilizada na planta da Biometano Sul, conhecida como Water Wash, separa o CO2 dos demais gases presentes e concentra o metano em aproximadamente 96% de sua composição, para atender às especificações do órgão regulador, a Agência Nacional do Petróleo (ANP). 

 

FONTE: www.amanha.com.br

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